Falar pouco, sua cabeça em meu peito sentindo sua respiração de bela adormecida às duas horas da manha e eu te olhando desordenado imaginando mil e um dias além daquele.
Pouco espaço e nós dois bem juntinhos acomodados como se estivéssemos largados na areia em uma noite incontestavelmente perfeita. O tempo não parecia feliz com aquilo e passava rápido para que acabasse logo, mas a mudança de posição foi significativa e então apoiei minha cabeça em ti e o carinho que recebia em minha nuca fazia os ponteiros do relógio girar mais lento!
O fim chegava e eu não me dava conta que na despedida desse dia era o ultimo abraço desse pouco tempo que tive você de novo em meus dias, há se eu soubesse... Eu teria ficado uns dez minutos com meus braços em volta do seu corpo, o beijo no rosto depois o selinho parecia denunciar que a vírgula estava presente e sem mais palavras na seqüência. Você sorriu e fez um gesto de “não estou entendendo nada” me olhou e sorriu novamente, pediu para que eu mandasse sms quando chegasse á minha residência e então eu comecei a caminhar sem saber que o fim chegava daquele capítulo e sem o escritor ter conhecimento se continuará a história. Você lembra que falou “não vou sumir dessa vez, pode ter certeza” e agora onde tu estás? Vai partir mesmo?
Joá Jr.